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Primeira Casa da Rua

SE O TEMA É DESIGN SUSTENTÁVEL, DECORAÇÃO SUSTENTÁVEL OU DIY PARA A CASA, ENTÃO ESTÁ AQUI!

A Importância da Cerâmica: Tradição e Inovação

Exhibitors & Products | Ambiente - Nosse Ceramics, Lda

Foto: NOSSE

A cerâmica é uma arte ancestral que tem acompanhado a humanidade ao longo dos séculos. Desde as civilizações antigas até os dias de hoje, a cerâmica desempenha um papel crucial nas nossas vidas, combinando utilidade, beleza e cultura. Na Primeira Casa da Rua, valorizamos profundamente a tradição cerâmica e o seu impacto nas nossas casas e na nossa identidade cultural.

A produção de cerâmica é uma prática que atravessa gerações, carregando consigo técnicas e estilos que refletem a herança cultural de diferentes regiões. Cada peça de cerâmica conta uma história, seja ela uma tigela moldada à mão ou um azulejo pintado com padrões tradicionais. A cerâmica conecta-nos às nossas raízes e mantém viva a chama da tradição artesanal.
 
Além da sua riqueza histórica e cultural, a cerâmica moderna tem evoluído para incorporar práticas sustentáveis e inovações tecnológicas. Os produtores de cerâmica estão cada vez mais comprometidos com o uso de materiais ecológicos e processos de produção responsáveis, que minimizam o impacto ambiental. A cerâmica não é apenas durável e funcional, mas também um exemplo de como a tradição pode caminhar lado a lado com a sustentabilidade.
 
A cerâmica tem a capacidade de transformar espaços e enriquecer o nosso quotidiano com a sua estética única. Desde a simplicidade elegante de um prato de cerâmica até à complexidade artística de uma peça decorativa, a cerâmica traz um toque de beleza e sofisticação a qualquer ambiente. É um testemunho do talento e da criatividade dos artesãos que dedicam as suas vidas a esta arte.
 
Este é apenas uma reflexão sobre o começo de uma jornada emocionante que estou prestes a partilhar convosco. Fiquem atentos ao blogue para uma novidade que irá aprofundar ainda mais a minha conexão com o mundo da cerâmica.
 

Reflexão sobre a Casa Pós COVID

Para ler no site da revista Urbana três artigos de opinião sobre como vai ser a casa Pós COVID. Uma primeira reflexão sobre a arquitetura e os interiores, um segundo sobre a casa inteligente e um terceiro artigo de opinião sobre a casa sustentável.

No primeiro artigo a reflexão sobre como vai ser a nova casa pensada pelos arquitetos e pelos designers é a questão. Como vai ser vivida a "nova" casa pelos seus habitantes. No segundo artigo a reflexão foi sobre como podem as novas tecnologias ajudar a ter uma casa mais eficaz. No terceiro artigo, a sustentabilidade é o mote para termos casas mais amigas do ambiente depois desta pandemia que transformou a humanidade nas suas mais variadas áreas.

Para ler os três artigos na integra basta clicar aqui: 1, 2, 3.

Artigo de Opiniao by Nuno Matos Cabral @ revista U

 

Artigo de Opiniao by Nuno Matos Cabral @ revista U

Artigo de Opiniao by Nuno Matos Cabral @ revista U

 

A "Leveza" da Construção Sustentável

Um dos temas que cada vez mais está em cima da mesa quando se fala de sustentabilidade é o tema arquitetura, design e processos construtivos, que estão absolutamente interligados. Estes três ângulos só funcionam em perfeita sintonia se estiverem corretamente interligados e a fluírem entre si, permitindo que os processos de criação e construção sejam mais eficazes, mais económicos e mais amigos do ambiente.

Porque venho a pensar e a escrever sobre a "casa", no sentido lacto da palavra, do século XXI, quero destacar alguns dos materiais de construção já disponíveis ou que estão em estudo e que permitem criar uma casa mais amiga do ambiente. O primeiro desafio desta década é reunir tudo o que de melhor se faz na Europa a nível de técnicas e materiais sustentáveis num único código de boas práticas da casa sustentável. Tem que se colocar em prática um processo produtivo uniformizado que permita ter mais eficácia a preços mais baixos, num processo mais sustentável, permitindo ter uma casa mais amiga do planeta. 

Criação, Construção e Vivencia são os três pilares que permitem de um ambiente micro (a casa, o edifício) transformar um ambiente macro (a cidades, o pais, o continente, o mundo).

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Bioconcrete

Desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Delft, Paises Baixos, o bio cimento tem como principal caraterística a possibilidade de regenerar as fissuras através da bactéria bacillus pseudofirmus, que é capaz de produzir calcário e permanecer adormecida até 200 anos. Quando misturadas com o cimento produzem carbonato de cálcio e são capazes de selar as fissuras existentes. As bactérias são "ativadas" pela presença de água e oxigénio, o que acontece quando uma fissura começa a aparecer.

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Bambu

O bambu é uma matéria prima já utilizada nos mais variados produtos, nomeadamente, portas, janelas, pavimentos, mobiliário, entre outros. Agora também está a ser utilizado como material substituto do aço quando se produz o cimento armado. Este é um material extremamente resistente, sustentável e disponível em grandes quantidades. Estão-se a fazer testes no laboratório Future Cities com novas espécies de bambu que apresentam uma resistência à tração 6 vezes maior que a do aço para que este possa ser massificado na utilização na construção, reduzindo assim o orçamento.

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Telhado Verde

No telhado verde é aplicada uma camada vegetal sobre uma base impermeabilizada em PVC. Como as plantas refletem mais raios solares do que as telhas comuns protegem o edifício do calor. Os telhados verdes oferecem um excelente isolamento térmico e acústico para os edifícios.

A tecnologia é especialmente útil nos edifícios de cidades muito quentes, é possível dispensar a instalação de aparelhos de ar condicionado e poupar recursos e energia elétrica. Uma pesquisa do EnergySavers revelou que projetos com telhados verdes podem diminuir "ilhas" de calor nas grandes metrópoles.

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Vidro inteligente

Com um simples toque pode controlar a transparência, a absorção de calor e que área do espaço que será iluminado. Em dias muito quentes basta ajustar os controles para que menos luz do sol passe pelo vidro. Este tipo de vidro pode ser utilizado no interior mas também no exterior. Estima-se que possa economizar mais de 25% os gastos com ventilação, iluminação e ar-condicionado.

Replast

Criado por uma empresa americana ByFusion, o tijolo REPLAST é produzido a partir da compressão dos restos de plástico em blocos modulares. Como são moldados em várias formas e vários encaixes não é necessário utilizar cola adesivos ou qualquer tipo de argamassa para garantir a sua fixação. O processo de fabricação não emite CO² e também não é tóxico. Normalmente os resíduos plásticos usados como matéria-prima são retirados dos oceanos.

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Argamassa de argila

A argamassa feita com argila substitui o cimento na mistura da massa e pode ser usada em paredes internas para assentar os acabamentos. A vantagem é que é totalmente sustentável e tem um melhor desempenho termo-acústico. A argamassa de argila ainda impede o aumento excessivo de humidade nos ambientes mais húmidos por isso também pode ser utilizado como material isolante.

Tinta Ecológica

As tintas ecológicas são formuladas a partir de corantes e óleos totalmente naturais. Não há acréscimo de consumos derivados de petróleo ou uso de componentes sintéticos. Algumas tintas também são livres de Compostos Orgânicos Voláteis, os chamados COVs, que são prejudiciais para a saúde e contribuem para a destruição da camada de ozono.

Claro está que o preço de cada um destes materiais pode aumentar o orçamento da construção, mas cabe aos governos e a corretas políticas publicas, incentivar todos os intervenientes do processo até chegar ao consumidor final, para que a trocar produtos prejudiciais por produtos amigos do ambiente seja uma realidade, há que massificar. Só assim conseguimos atingir um volume de oferta necessário para que os preços sejam mais baixos e acessíveis a todos e a construção reduza o seu "peso", o seu impacto no meio ambiente, tornando-se muito mais "leve", mais amiga do ambiente.

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Edgeland House – by Bercy Chen Studio

Fall House – Fougeron Architecture

Fall House – Fougeron Architecture

Reflexão sobre a Casa Pós Covid

Em Março de 2020 refleti sobre como seria a casa pós covid, agora com a continuação da pandemia e um novo confinamento tenho mais algumas ideias de como será a casa pós covid. Vou dedicar algum tempo a aprofundar alguns dos temas que carecem de uma maior profundidade.

Vamos começar por rever o texto de Março de 2020.

Nesta altura o tempo dá-nos tempo para pensar em temas que vão estar em cima da mesa nos próximos tempos. Por exemplo, como vai ser a casa depois do COVID 19?

Durante o período de confinamento já começámos a viver a casa de uma maneira diferente. Estamos a dar mais uso a divisões que não eram utilizadas e a atribuir novas funcionalidades àquelas divisões que normalmente só tinham uma função. A sala de jantar, hoje, já não é só a sala de jantar, mas também pode ser a escola, durante o período de aulas, e à noite, a zona de trabalho do pai, da mãe ou de ambos. A sala de estar pode ser o ginásio dos adultos no período da manhã e à tarde o ginásio dos mais pequeninos. Vamos ter espaços mais abertos e informais onde vamos procurar ter uma decoração mais informal, descontraída e com facilidade de ser alterada em poucos minutos. Peças de mobiliário mais leves, de fácil arrumação e algumas, até com rodas, para que tudo possa ser movimentado com o maior conforto e rapidez.

Devido ao confinamento muitas pessoas necessitaram de espaços para estarem sozinhas, num momento de puro prazer individual, já que tantas horas e dias confinados com toda a família permitem picos de tensão e stress. A criação desses espaços, vão-se manter mesmo depois do COVID-19 e mesmo em divisões onde o espaço não é abundante. Algumas plantas em vários níveis de altura podem ser a solução para que possa ter aquele cantinho para descansar e para separar este espaço da outra zona da divisão.

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A casa vai ficar mais inteligente para um maior numero de pessoas, com a utilização massiva da domótica. Há muito que explorar para que a casa esteja protegida da contaminação, cada vez mais instruções para que tudo ou quase tudo possa funcionar com ordem de voz, talvez até possamos vir a ter um controlador de temperatura à porta ou um kit de higienização automática na entrada de casa.

Um hábito cultural, há muito praticado na Ásia, chegou ao mundo ocidental e veio para ficar. Os sapatos deixados à entrada de casa, seja na própria ou na casa de amigos ou família vai ser uma pratica reiterada, em todos os estilos de casas. Nós, designers vamos ter que pensar em formas visualmente apelativas para termos todos os sapatos à entrada, sem parecer que estamos perante uma exposição de sapatos.

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Outro hábito que vai fazer cada vez mais parte da vivência da casa é a criação de hortas. As hortas vão fazer parte dos jardins, quintais, terraços, varandas ou até mesmo do interior das casas, para onde já existem soluções perfeitas. Para quem não tem espaço, as hortas verticais vão ser a solução. Cada vez mais devemos ser auto-suficientes em tudo o que for possível. Plantas em casa também vão fazer cada vez mais parte da decoração de todas as divisões, criando uma sensação de contacto com a natureza mais próximo, humanizando cada vez mais os espaços.

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Estes são alguns dos elementos ou hábitos que já mudaram em 2 meses e que vieram para ficar. Há outros hábitos e vivencias que se vão alterar. Só com o tempo vamos perceber aquilo que cada um de nós necessita e que pretende colocar dentro de casa. O caminho faz-se caminhando e é isso que devemos fazer, viver a vida, viver a casa que sempre foi, é e será sempre tão importante.

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Agora posso acrescentar mais algumas ideias:

O hall de entrada ganhou uma importância ainda maior, há peças de mobiliário que não podem faltar, para alem da sapateira, para colocar os sapatos assim que chega da rua, deve ter um cabide para colocar os casacos, uma consola com um tabuleiro para colocar as chaves e as carteiras.

Tenha um pequeno caixote do lixo com um toque de design à entrada para colocar as mascaras, luvas e outros produtos "sujos". Na consola deve ter um recipiente com um toque giro sempre com gel para que depois de tudo colocado nos respetivos sítios possa desinfetar as mãos.

Quanto à construção, vamos apostar em processos mais simplificados de construção e mais baratos, para que todos possam ter direito à habitação, um direito que deveria ser universal, utilizando produtos na construção que derivam de reciclagem e reutilização.

A domótica já está à espera da inteligência artificial para que cada vez mais as casas nos possam ajudar a ter uma vida mais amiga do ambiente, com menos desperdício a todos os níveis, desde a água, passando pela informação da comida que está quase a passar de prazo. Vamos ter mobiliário inteligente, com características que permitem a sua adaptação por exemplo ao estado de espírito.

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O higienizador do ar também vai ser cada vez mais uma presença dentro de casa. Deixa de ser um mero eletrodoméstico para ser uma verdadeira peça decorativa que se pode enquadrar em qualquer estilo de decoração. Vai ser um eletrodoméstico que vai estar em conexão com a casa inteligente que irá aferir a qualidade do ar e ligar o higienizador sempre que necessário.

A casa no seu todo vai ser um "cérebro" que nos vai ajudar a gerir a nossa vida e a vida de toda a família e contribui para o nosso bem estar. Vai permitir a gestão de agendas, de tarefas a fazer para cada um dos elementos da família, enfim uma panóplia de funções que nos vão permitir mais qualidade de vida, permitindo que nos foquemos no principal deixando o acessório para a nossa casa.

Estes são algumas linhas orientadoras dos vários caminhos que vamos seguir na casa da segunda década do século XXI. Que casa vamos ter na década de 20 do século XXI é uma pergunta que vou continuar a fazer a mim próprio. 

Media: Na Antena 1

Na passada semana estive à conversa com a Jornalista Eduarda Maio no programa Que Vida é a Nossa? da Antena 1. O tema da conversa: Como vai ser a casa pós COVID? Um assunto que merece a reflexão de todos, inclusive de designers nas várias áreas. No atelier Nuno Matos Cabral Design Studio não fomos exceção e também refletimos sobre o tema.

Para ouvir a totalidade da entrevista clique aqui. Uma entrevista onde ficam algumas pistas de como vai ser a casa pós COVID, como vamos viver as várias divisões e espaços das nossas casas. Também pode ler o artigo da Primeira Casa da Rua que serviu de mote à nossa conversa, para isso basta clicar aqui.

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