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Primeira Casa da Rua

SE O TEMA É DESIGN SUSTENTÁVEL, DECORAÇÃO SUSTENTÁVEL OU DIY PARA A CASA, ENTÃO ESTÁ AQUI!

E se a terra tremesse? #001

Falei sobre uma exposição que está a decorrer na cidade de Lisboa, (veja ou reveja aqui o post), ligada à questão dos sismos ou tremores de terra os quais me interessam bastante, por isso mesmo pedi à minha amiga Mónica Amaral Ferreira,Engenheira do Território. Doutorada em Engenharia do Território. Investigadora no Instituto Superior Técnico no DECivil (grupo de Engenharia Sísmica), para me ajudar a definir algumas dicas que podem fazer toda a diferença na prevenção, por isso mesmo fixe esta ideia: proteja a sua casa, a escola dos seus filhos ou local de trabalho contra acontecimentos adversos.

 

Sabia que Portugal é uma zona de risco sísmico? Com certeza, já ouviu falar no terramoto de 1755, já sentiu um ou outro abalo ou tem ainda alguma recordação do que ocorreu em 1969. Pois é, vivemos todos os dias na iminência de um abalo. O que fazer então? Estar preparados, aumentar a nossa resiliência, proteger e limitar os danos do próximo terramoto!

 

Depois de um terramoto, é tarde demais para protegermos as nossas casas, escolas ou local de trabalho dos danos ocorridos.

Às vezes, um pouco de tempo e alguns cêntimos são tudo que precisamos.

 

Sabia que cada euro atribuído a actividades de redução de riscos e prevenção significa uma poupança de cerca de 4 a 7 euros na resposta pós-crise?

 

Fixe os móveis e equipamentos para evitar a sua queda:

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i) Dicas importantes para fixar itens pesados a paredes ou tectos

 

- Esteja atento a cada móvel que está em sua casa, escola ou escritório como estantes, cristaleiras, roupeiros. Fixe-os bem à parede (algumas marcas de móveis já trazem alguns parafusos para fixar à parede. Use-os e assim previne que caiam em cima das crianças ou de si). Verifique se os parafusos e pregos chegam bem à parede.

- Placas de gesso (pladour), gesso e outros revestimentos de parede não são fortes o suficiente para manter os móveis pesados durante um sismo.

- Ponha os objectos mais pesados nas prateleiras de baixo (louças, equipamentos, livros, etc.);

- Fixe bem os candeeiros ao tecto com a ajuda de camarões.

- Mude de sítio ou fixe os objectos que possam cair e bloquear a saída da assoalhada ou gabinete onde se encontra.

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ii) Dicas para segurar os equipamentos

 

Mesmo pequenos abalos sísmicos, daqueles que já nos pregam um grande susto, podem facilmente fazer mover os computadores, aparelhos de som, televisores e outros aparelhos de pequeno porte, que normalmente ficam sobre as mesas, secretárias e bancadas. Se eles caem, podem ficar danificados ou quem sabe, podermos perder todo o nosso trabalho que se encontrava no computador!tytryedtsd.png

iii) Dicas para não se magoar nem aos seus filhos

- Use e abuse dos bloqueios de segurança/travão para portas e gavetas que encontra nas grandes superfícies e que protegem a si e à sua família contra a queda de louças, livros ou outros itens pesados. A vibração do abalo sísmico faz com que as gavetas e portas se abram e tudo o que está lá dentro, vem cá para fora!

 

 

Cá por Casa #061... E se Lisboa tremesse agora?

O meu trabalho está ligado à parte estética das nossas casas, apartamentos, edifícios, mas no entanto, um tema ao qual sempre fui muito sensível e preocupado são os sismos ou tremores de terra. E por isso mesmo vou dar inicio a alguns artigos periódicos a falar sobre este tema, sempre com a supervisão da minha grande amiga e especialista na matéria Mónica Amaral Ferreira, investigadora do Instituto Superior Técnico.

 

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E para começar de uma forma mais pedagógica recomendo vivamente a exposição “Quando Lisboa treme - de 1755 à Cidade Resiliente”, que é inaugurada dia 1 de novembro, às 16h00, no Museu de Lisboa/Pavilhão Preto. Esta exposição visa assinalar os 260 anos desta catástrofe natural, é o pretexto para promover um maior conhecimento sobre as características associadas aos perigos e riscos dos fenómenos sísmicos e sobre as respostas na atualidade. A exposição está patente até 1 de março de 2016, com visitas guiadas para escolas e público interessado. Eu não vou perder!

 

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