A semana passada recebi um convite inesperado mas que muito me agradou, fiquei no registo criança de 9 anos à espera do presente. Como todos os meus amigos sabem, sou fã de arquitetura, em especial dos edifícios Prémio Valmor, prémio anual atribuído a grandes obras de arquitetura realizadas em Portugal, este Prémio resulta do testamento do Visconde de Valmor, Fausto Queiroz Guedes, e foi associado ao Prémio Municipal de Arquitectura desde 1982, premiando diversos tipos de edificação ou obras de arquitectura paisagista.
Entre os edifícios galardoados com o Prémio Valmor contam-se o edifício da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa (Manuel e Francisco Aires Mateus), o Pavilhão de Portugal (Siza Vieira) e o Pavilhão do Conhecimento (João Luís Carrilho da Graça), e a Sede, jardins e museu da Fundação Calouste Gulbenkian (Ruy Athouguia, Alberto Pessoa, Pedro Cid, Gonçalo Ribeiro Teles e António Viana Barreto), entre muitos outros. A Vodafone que recebeu tal distinção em 2005, entre outras, tais como o os prémios para Melhor Edifício de Escritórios e Melhor Empreendimento Imobiliário de 2004 e o Prémio Dedalo Minosse, atribuído pela associação de arquitectos italianos endereçou-me o convite para conhecer a sua sede na antiga Expo, hoje denominado Parque das Nações.
Não é difícil adivinhar, que a noite anterior à visita foi bastante agitada a contar as horas, os minutos os segundos para ter a minha experiência Vodafone. Claro que antes da visita já sabia que o edifício foi projetado pelos arquitetos Alexandre Burmester e José Carlos Gonçalves, o arranque da obra foi em 2000 e no ano de 2002 estavam os primeiros colaboradores a mudarem-se de malas e bagagens para o novo edifício, atualmente são precisamente 1422 colaboradores a viverem este edifício, sim, disse bem, a viverem, porque as experiências que podemos desfrutar dentro deste edifício que tem uma área de cerca de 35.000 m² acima do solo e 25 000 m² de área subterrânea, são inúmeras.
A minha experiência começou logo à chegada, deparei-me com uma zona de receção, não muito usual, com uma iluminação cuidada, um tapete a demarcar a zona, onde estava uma colaboradora que com a sua simpatia me deu as boas vindas. A solução que encontraram para termos acesso à experiência Vodafone, é muito século XXI, uma mensagem é enviada para o nosso telemóvel e a partir daí podemos entrar e sair com essa mesma mensagem. Adorei, senti-me uma personagem do Star Wars ou do Espaço 1999.
O edifício com as suas linhas retas, vãos de grandes dimensões e todas as linhas que se cruzam em várias rampas que unem os pisos são um deleite para a visão.
Os revestimentos dos corredores, quase que intermináveis, que são também uma verdadeira experiência visual, também são uma experiência tátil, o conforto das madeiras que revestem as paredes e o pavimento transformam todos aqueles percursos num verdadeiro conforto.
O jardim dos bambus, uma experiência olfativa e auditiva inesquecível, ao passearmos pelos vários corredores de bambus com mais 3 metros de altura, criando paredes com mais 5 metros, transmitem uma sensação de tranquilidade, que em palavras torna-se difícil de descrever.
Depois a zona do Club Vodafone onde todos os funcionários podem fazer desporto, o refeitório com uma decoração muito minimalista e confortável, com algumas das taças que as várias equipas de desporto conquistaram e o espaço onde os colaboradores podem preparar as suas próprias refeições, são espaços que não deixam ninguém indiferente, um ambiente muito “clean”, minimal, mas muito confortável.
O mais interessante é que para viver parte desta experiência não necessita de convite, porque há um jardim no núcleo central do edifício onde pode desfrutar e apreciar o edifício no seu todo, tendo o rio Tejo como pano de fundo, por isso basta querer!
Obrigado pelo convite, obrigado Rita pela simpatia com que me recebeu. Tive uma verdadeira experiência Vodafone!